A adesão do país à Comunidade Económica Europeia
(CEE; hoje União Europeia – UE), em 1986, veio introduzir novas alterações no
setor das pescas e a perca da autonomia nas negociações com países terceiros, o
que levou, já na década de 90, e no seguimento das percas de oportunidades de
pesca em diversos pesqueiros externos, ao fim de uma das pescarias externas mais
tradicionais (Marrocos). Sendo no essencial uma política conservacionista, a
política de pescas da UE veio introduzir no setor mais restrições no acesso à
profissão, à atividade e aos recursos, sendo famosa a sua política de abate de
embarcações que, entre outras consequências, tem levado ao desaparecimento de
alguns tipos de barcos tradicionais de Portugal.Assim, a evolução recente da
pesca em Portugal, se analisada pela ótica das quantidades desembarcadas e
quando comparada com outros países da Europa e com o Mundo, mostra bem o
comportamento peculiar das pescas nacionais no contexto global. Tendo registado
um máximo histórico de capturas em 1964, e ao contrário do comportamento das
pescas noutros países, a produção nacional nunca mais voltou a aproximar-se dos
quantitativos dos anos 60 e a ligeira melhoria registada no início dos anos 80
voltou a cair a partir de 1986, ano da adesão à CEE. No contexto da produção das
pescas dos estados que hoje integram a UE, o país assume posição modesta, apenas
se colocando à frente da Bélgica, da Finlândia e da Grécia, encontrando-se muito
longe dos níveis das principais potências haliêuticas, como a Dinamarca e a
Espanha. Todavia, quando verificados outros indicadores, Portugal revela-se, na
UE como um dos Estados mais dependentes da pesca, quer pelo número de pescadores
empregues e sua relação com a população ativa total, quer pelo consumo de
pescado que revela (cerca de 60kg de pescado por habitante/ano). Este consumo,
de longe o mais elevado da UE, quando comparado com os níveis de produção, tem
conduzido a uma balança comercial extremamente deficitária – com um ritmo
crescente – entre as exportações e as importações dos produtos da pesca, que de
uma situação de quase equilíbrio no início da década de 1980 passou para um
défice superior a 600 milhões de euros em 2002, sendo só o bacalhau responsável
por cerca de 40% desse valor.
(CEE; hoje União Europeia – UE), em 1986, veio introduzir novas alterações no
setor das pescas e a perca da autonomia nas negociações com países terceiros, o
que levou, já na década de 90, e no seguimento das percas de oportunidades de
pesca em diversos pesqueiros externos, ao fim de uma das pescarias externas mais
tradicionais (Marrocos). Sendo no essencial uma política conservacionista, a
política de pescas da UE veio introduzir no setor mais restrições no acesso à
profissão, à atividade e aos recursos, sendo famosa a sua política de abate de
embarcações que, entre outras consequências, tem levado ao desaparecimento de
alguns tipos de barcos tradicionais de Portugal.Assim, a evolução recente da
pesca em Portugal, se analisada pela ótica das quantidades desembarcadas e
quando comparada com outros países da Europa e com o Mundo, mostra bem o
comportamento peculiar das pescas nacionais no contexto global. Tendo registado
um máximo histórico de capturas em 1964, e ao contrário do comportamento das
pescas noutros países, a produção nacional nunca mais voltou a aproximar-se dos
quantitativos dos anos 60 e a ligeira melhoria registada no início dos anos 80
voltou a cair a partir de 1986, ano da adesão à CEE. No contexto da produção das
pescas dos estados que hoje integram a UE, o país assume posição modesta, apenas
se colocando à frente da Bélgica, da Finlândia e da Grécia, encontrando-se muito
longe dos níveis das principais potências haliêuticas, como a Dinamarca e a
Espanha. Todavia, quando verificados outros indicadores, Portugal revela-se, na
UE como um dos Estados mais dependentes da pesca, quer pelo número de pescadores
empregues e sua relação com a população ativa total, quer pelo consumo de
pescado que revela (cerca de 60kg de pescado por habitante/ano). Este consumo,
de longe o mais elevado da UE, quando comparado com os níveis de produção, tem
conduzido a uma balança comercial extremamente deficitária – com um ritmo
crescente – entre as exportações e as importações dos produtos da pesca, que de
uma situação de quase equilíbrio no início da década de 1980 passou para um
défice superior a 600 milhões de euros em 2002, sendo só o bacalhau responsável
por cerca de 40% desse valor.
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